
Suas unhas afundaram em mim e temi que você quisesse me perfurar e habitar em minha pele.
Admirei seu corpo negro por tanto tempo que alguém diria que não havia uma revolução lá fora.
Você me comeu a alma antes que eu pudesse te dar um beijo e se nós fizemos com tanta força foi porque eu queria minha alma de volta.
Te vasculhei inteira, sem nada encontrar. Cadê minha alma? E pare de revirar os olhos.
Gotas salgadas despencam do alto de rochedos e chegam ao teu ventre, que arqueja, projeta e contrai.
Manchas de consciência pulsam em minhas têmporas latejantes. Rasgos de realidade interpõem-se entre nós.
Foi o momento mais lindo.
*
Acordo. A manhã mais fria. Junto os cacos e, tristemente, parto. Olho você, dormindo indiferente. Olho você, que ainda tem tantas canções pra cantar.
Saio à rua e sento na esquina, esperando alguém. É domingo. Vai passar.
6 comentários:
putaquepariu!
que lindo!
beijos
Hey moço... eu sumo por um tempinho e quando volto você me arrebata a alma com esses textos tão maravilhosos que para explicar terei que plagiar uma frase dos Engenheiros do Havaí "... que despertam os meus instintos mais sacanas".
Estou pensando em fazer um blog só de contos... vamos ver se a idéia amadurece.
Parabéns...
Bjs
Eiii.. volta =/
pôxa Diogo não sei o que escrever, mas não quero deixar passar em branco esse leitura arrebatadora.beijo
Fale, rapaz diplomata. Mande notícias.
Hey! Pq vc não volta?
Sinto falta de você, dos seus contos maravilhosos...
Por favor, volte a escrever. Ou apareça para visitar e dar notícias, pelo menos...
Muitos beijos
Charlotte
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