sábado, outubro 06, 2007

(16)

- Até.
- Se cuida.
- Que pena.
- Então... é isso.
- Entendi.
- Era isso o que eu tinha pra dizer.
- O quê mais?
- Eu não funciono assim, não adianta.
- Você nunca vai saber o quanto te quero se não parar de agir desse jeito.
- Desculpa.
- Posso falar?
- Não dá.
- Você nunca vai saber o...
- Não te desejo dessa forma. Pode achar que é frescura, mas estar com você é muito mais.
- Então porque a gente não trepa e pronto?
- Sei que não.
- Mas eu não sou um totem.
- Talvez eu fique um pouco intimidado, sim.
- Você tem medo de mim?
- Tá.
- Responde uma pergunta.
- Também gosto de te ver.
- Gosto de te ver na noite, com uma bebida na mão.
- Andei meio recolhido.
- Cadê você?
- Pois é.
- Tempão, hein?

4 comentários:

Stephanie disse...

ah, que susto - eu tava achando que você de repente, tinha ficado purista!! vai que essa coisa de ser tradicional se extende a outros domínios... hahahaha

Adoro esses diálogos frangmentados.

beijos

Mari disse...

adorei!
tudo.
muito.
queria ter dito tudo isso aí.
vem pra cá quando?
beijos

acho que virei jovem poeta! ahahahah

Ivo La Puma disse...

Estava tudo meio estranho, mas, na segunda leitura, deu que dei de ler de ponta-cabeça, e aí entendi tudo! Rs... Gostei da história, original!

[]s

Isis Galvão disse...

Muito bom. Gosto demais destes diálogos curtos e com poucas palavras.
Conheço um muito bom "A raiz" de alguém chamado Cione Araújo, que eu nunca vi.

Isis