segunda-feira, outubro 15, 2007

ontem e hoje

ontem,
eu desejava que o dia nascesse
e a noite caísse
em rápido intervalo,
que a sucessão das horas
ocorresse instantaneamente,
sem que os segundos parecessem minutos
e os minutos, horas,
triste que era a constituição de meu espírito
e tédio o odioso tempo
em que eu, solitário, fazia-me companhia.


Mas tudo isso antes de ver a luz de seus olhos
e a leveza de sua alma.
Você me contagia com um quê que nem você sabe
o nome, sabia?
Você me enfeita e ilumina,
e todos os dias que passamos juntos
parecem-me curtos.


hoje,
desejo que o dia raie
e a noite caia
com uma imensidão de dias nesse ínterim,
que os segundos, minutos e horas
durem tanto quanto a eternidade,
tanto quanto nosso amor perdure,
benigno o efeito que sua matéria
provoca em meu uníssono,
e alvissareiro o milagroso momento
em que nós, unidos, somos todos
simultaneamente.


que a noite passe
e o dia venha,
pois já ficamos separados todos esses anos
e é hora de recuperar o tempo perdido.

2 comentários:

Ivo La Puma disse...

Olá! Vim parar no seu blog pelo blog da Stephanie Borges. Parece que ela escreveu a versão do gato que você matou numa história mais abaixo... Li essa história, e algumas outras mais, e gostaria de dizer que gostei muito, são história que prendem a atenção. Parabéns! Voltarei outras vezes!

[]s

Stephanie disse...

em meu profundo egoísmo e pretensão passo pelas suas linhas e não me importo para que mulher você as escreve - sempre me doem, me atingem ou me afagam como se fosse pra mim


beijo beijo beijo